Banco da Amazonia adere ao movimento de greve dos bancários por salário e condições de trabalho



"Além de o índice de reajuste não atender a expectativa dos bancários, a proposta não contempla as reivindicações não econômicas, que para nós são imprescindíveis, como garantia de emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, segurança bancária e igualdade de oportunidades. Queremos mais dos bancos, que têm aqui a mais alta rentabilidade de todo o sistema financeiro internacional", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
Somente os seis maiores bancos (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander e HSBC), que somados detêm mais de 85% dos ativos do sistema financeiro e empregam mais de 90% dos bancários, tiveram lucro líquido de R$ 56,7 bilhões em 2013 e mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre deste ano.
"Para conseguir esses lucros estratosféricos, os bancos estão fazendo demissões e usando a rotatividade para reduzir a média salarial da categoria e submetendo os bancários a uma crescente pressão por cumprimento de metas abusivas, que levam com frequência à prática do assédio moral", destaca Carlos Cordeiro. Em razão disso, 18,6 mil bancários doentes foram afastados do trabalho pelo INSS em 2013 (aumento de 41% em relação aos últimos cinco anos), mais da metade dos quais com diagnóstico de transtornos mentais e do sistema nervoso - doenças que cresceram 64,3% desde 2008.
Após o resultado das assembleias dos sindicatos, que representam a grande maioria dos bancários de todo o país, a Contraf-CUT enviou ofício para a Fenaban, comunicando a rejeição da nova proposta dos bancos e a ratificação da decisão das assembleias do dia 25 de greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira. "Queremos registrar também que continuamos à disposição da comissão dos bancos para a retomada das negociações visando buscar uma nova proposta que atenda às expectativas da categoria bancária", afirma o documento.
O Comando Nacional é formado pela Contraf-CUT, dez federações e 134 sindicatos de bancários de todo o país, que representam mais de 90% dos 511 mil trabalhadores de bancos públicos e privados. Um balanço do primeiro dia de greve será divulgado no final da tarde desta terça-feira, com base nas informações que serão enviadas pelos sindicatos para a Contraf-CUT.
fonte  acrefeijonew.blogspot.com